sábado, 19 de janeiro de 2013

Medicamento Leishguard





Lançado o primeiro medicamento que previne e trata leishmaniose canina

A leishmaniose é uma doença canina grave causada pelo parasita Leishmania spp., que mata muitos dos animais infectados.

ESTEVE Veterinária, após dez anos de pesquisa, acaba de apresentar LEISGUARD ®, o primeiro medicamento para prevenir e tratar a leishmaniose canina, independentemente da idade e raça do cão em Nova abordagem do II Simpósio ESTEVE "no diagnóstico, tratamento e prevenção de leishmaniose canina "no XXIX Congresso Anual AMVAC (VetMadrid 2012).

Os resultados dos ensaios clínicos em mais de 20 raças diferentes mostram que LEISGUARD ® reduziu 7,2 vezes o risco de desenvolver a doença, uma das mais preocupantes para os donos e veterinários.

Estima-se que 7% da população total de cães na Espanha estejam infectados com Leishmania e em algumas regiões esta percentagem pode chegar a 40%.

Apenas no sudoeste da Europa, há pelo menos 2,5 milhões de cães infectados e estão vendo um aumento geral na prevalência.

Provavelmente, a leishmaniose é o mais importante canino doença Mediterrâneo.

A gravidade da infecção e da sua evolução e a resposta imunitária dependente do cão.

LEISGUARD ® tem um efeito direto no sistema imunológico do animal, melhorando a sua resposta celular, permitindo-lhe de forma mais eficaz combater a infecção.

ESTEVE desenvolveu uma formulação específica contendo o domperidona substância activa, um antagonista da dopamina benzimidazole derivado que bloqueia especificamente receptores D2 da dopamina em actividade procinética e antiemética periférica sem efeitos extrapiramidais e um perfil de segurança elevado.

LEISGUARD ® é uma suspensão oral administrado numa dose de 1 ml por 10 kg directamente na boca ou misturado com o alimento durante 4 semanas consecutivas, protege 80% dos cães saudáveis desenvolver a doença, ao diminuir a gravidade da infecção, mas poderia mesmo inverter-lo, em animais já infectados com Leishmania-.

Eficaz em todos os cães, sadios e infectados vários ensaios clínicos em mais de 700 cães com mais de 20 diferentes raças mostram que LEISGUARD ® é eficaz na prevenção e no tratamento de fases iniciais da doença sem interferir com qualquer teste de diagnóstico-essencial para detectar esses animais infectados estágios iniciais, ou com outras terapias concomitantes que desejam estabelecer o veterinário.

Em cães saudáveis, soronegativos, que nunca mostraram sinais de infecção por Leishmania, mas que vivem ou viajam para área endêmica (como é o caso em toda a bacia do Mediterrâneo) e, portanto, estão sujeitas a múltiplas exposições ao natural parasita Leishmania infantum, esta droga reduz drasticamente o risco de desenvolver infecção activa e leishmaniose doença clínica por estimular a imunidade celular do animal.

Nestes casos, a eficácia preventiva atribuível ao uso combinado de LEISGUARD ® com gola deltametrina é de 98%, de acordo com estudos clínicos.

Em cães já infectados, soropositivo, LEISGUARD ® ajuda a combater de forma eficaz contra a leishmaniose em seus estágios iniciais, o controle da progressão da doença.

O uso de LEISGUARD LEISCAN ® ® com Leishmania Teste de Elisa para o diagnóstico precoce da doença é a contribuição final de controle ESTEVE Veterinária da leishmaniose canina.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

News: Diga não à Leishmaniose Canina

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“Diga Não à Leishmaniose” – E você, também vai apoiar?
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Conscientes dos males e periculosidade da leishmaniose, diversos artistas já estão apoiando a campanha “Diga Não à Leishmaniose”, idealizada e coordenada por Marli Pó, ex-assessora de Clodovil Hernandes. Entre as celebridades que participaram das sessões de fotos com o renomado fotógrafo internacional de pets, Lionel Falcon, estão Hebe Camargo e as apresentadoras Daniele Albuquerque e Flávia Noronha.

A campanha chega com tudo para conscientizar a população sobre a leishmaniose visceral, grave doença de saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade, que é transmitida tanto aos cães, quanto aos humanos, por meio da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”.

“Desde que presenciei o que Clodovil passou com seus cães, e na espera de um resultado de exame de sangue do Grande Otelo, passei a pesquisar sobre a doença e a ser adepta a causa da leishmaniose, luto pela conscientização e prevenção dos cães e da população”, conta Marli Pó, sobre o momento em que soube em 2004, que os cães de Clodovil haviam sido infectados pela doença em Ubatuba/SP.

Muitos outros artistas já estão agendando as fotos com seus próprios cães para apoiar a campanha! É só esperar para ver!

Panorama da leishmaniose visceral no Brasil
O Brasil registra 90% dos casos da doença na América Latina, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) e hoje a doença já se espalhou por 21 estados brasileiros atingindo as cinco regiões do país. Dados do Ministério da Saúde mostram que de 2000 a 2009 foram registrados 34.583 casos humanos, com 1.771 mortes. Em 2009, a região Nordeste apresentava 47,5% dos casos, seguida pelas regiões Norte (19,2%), Sudeste (17,4%), Centro-Oeste (7,4%) e Sul (0,2%).
De 2000 a 2009 foram registrados 34.583 casos de Leishmaniose Visceral no país, com média anual de 3.458 casos confirmados. Nesse mesmo período, ocorreram 1.771 óbitos pela doença, representado por uma letalidade de 5,1%.

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Conscientização e alcance nacional

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A intenção de Marli Pó e de seus apoiadores é que a campanha torne-se notoriedade no Brasil inteiro, para que as pessoas se informem mais sobre essa grave doença e tomem conhecimento sobre esse mal que está mais perto de todos nós do que imaginamos. ”Precisamos estar mais próximas dessas pessoas que sofrem com essa doença, os cães, pobrezinhos, temos que defendê-los para que tenham direito a vida!”
O pontapé inicial para essa divulgação já foi dado! A Campanha “Diga Não à Leishmaniose” foi veiculada, com exclusividade, para a revista Isto É Gente, que usou uma foto de Hebe Camargo dando seu consagrado selinho em Otelo, cão que foi presenteado por Clodovil à Marli, idealizadora e coordenadora da Campanha.

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Conscientize-se, faça parte dessa campanha: DIGA NÃO À LEISHMANIOSE!
Para saber mais, acesse: www.diganaoaleishmaniose.com.br
Twitter:
@noleishmaniose | Facebook: Diga não à Leishmaniose

VIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina

 

 

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A cada ano que passa vivemos experiências imprevistas, são descobertas novas tecnologias, aplicados novos métodos de diagnósticos para diversas doenças e melhores drogas para tratamentos. Além disso, na área da tecnologia da informação os avanços são notáveis. O mundo corre! Aliado aos avanços nessas diversas áreas, urge que a espécie humana avance em seus sentimentos. Nós humanos já sabemos, por experiência histórica existencial, que a vida de todos os seres depende de nós. Sabemos que NÓS, os humanos, decidimos o que fazer com a natureza, com os animais, domésticos ou silvestres. Decidimos sobre a vida e a morte dos animais. O motivo para destruir vida de animais é variado; às vezes, devido a necessidade de alimentação ou pelo exótico sabor de suas carnes, outras pela qualidade de suas peles ou simplesmente pelo prazer da caça. Na área da saúde pública, conforme o grupo político que ocupa o poder, o argumento para destruir vidas de animais se ampara na defesa da vida humana. Em nosso país esse argumento nos parece demagógico. Pelo menos no caso do controle da leishmaniose visceral, ele É DEMAGÓGICO! A destruição em massa de cães no Brasil não defende a vida humana. Estudos referem que essa estratégia não tem suporte científico, além de que os resultados demonstram ineficácia dessa medida. Segue em nosso país a teimosa conduta do Ministério da Saúde em destruir cães com a DEMAGÓGICA mensagem de que faz isso para proteger a vida humana. A que ponto os homens podem chegar! Além disso, sabemos, através de publicações científicas, que os exames atualmente realizados para o diagnostico da infecção nos cães apresentam expressivo percentual de resultados falso positivos. Mesmo assim os cães são mortos. Por tudo isso ocorrerá o VIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina. Reuniremos cientistas e técnicos em dois dias para levantar o que ocorre sobre o controle da Leishmaniose Visceral na Europa e no Brasil, com suas diferenças e semelhanças. Sejam bem vindos!

29 DE OUTUBRO

8h00

Inscrições e entrega de material

8h30

Abertura

9h00

Apresentação BRASILEISH

9h30

Panorama da leishmaniose visceral canina na Europa

Dr. Javier Encinas Aragon

10h30

Intervalo

10h45

Panorama da leishmaniose visceral canina na Europa

Dr. Javier Encinas Aragon

12h00

Almoço

13h30

Panorama da leishmaniose visceral humana no mundo e o abate canino no Brasil

Dr. Carlos Henrique Nery Costa

15h00

Intervalo

15h15

O papel do Médico Veterinário como gerente de zoonoses na Europa

Dr. Javier Encinas Aragon

17h00

O papel do Médico Veterinário como gerente de zoonoses no Brasil

Dr. Nordman Wall B. Carvalho Filho

18h00

Mesa Redonda
A Leishmaniose Visceral Humana e canina, os centros de controle de zoonoses e os médicos veterinários

Dr. Javier Encinas Aragon
Dr. Carlos Henrique Nery Costa
Dr. Nordman Wall B. Carvalho Filho

19h30

Encerramento


30 DE OUTUBRO

8h00

Bem estar animal e a leishmaniose visceral canina - desafios na relação com a administração municípal de Belo Horizonte

Ione Torquato
Maria Del Mar Ferrer Jordá Poblet

8h50

Aspectos da infecção por Leishmania infantum em cães

Dr. Fábio Nogueira

9h50

Intervalo

10h00

Aspectos imunologicos da leishmaniose visceral canina

Dr. Paulo Tabanez

11h00

O que oferece o laboratório privado no Brasil para o diagnostico da leishmaniose visceral canina

Dr. Luiz Eduardo Ristow

12h00

Almoço

14h00

Manejo do paciente canino com leishmaniose visceral

Dr. Javier Encinas Aragon
Dr. Octávio Estevez
Dr. Vitor Márcio Ribeiro

15h30

Aspectos jurídicos da leishmaniose visceral canina – somos obrigados
a matar?

Dr. André Luiz Soares da Fonseca
Dr.Sérgio Cruz

16h20

Intervalo

16h35

Vacinas contra leishmaniose visceral canina – estudos de fase III

Dra. Ana Maria Tibúrcio
Dra. Fabiana Grecco

18h00

Encerramento

Dra. Ana Maria Leonardi Tibúrcio
Possui graduação em medicina veterinária pela FEAD (2007). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas do Núcleo de Pesquisa em Biologia da Universidade Federal de Ouro Preto, desde 2011. Pesquisadora do setor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa Hertape Calier Saúde Animal S/A, atuando como coordenadora de ensaios clínicos de produtos farmacêuticos e biológicos veterinários, desde 2007. Co-responsável técnica do Hertape Calier Saúde Animal S/A, desde 2010.


Dr. André Luis Soares da Fonseca
Graduação em Medicina Veterinaria pela Universidade Federal de Uberlândia (1984), mestrado em imunologia das leishmanioses pela Universidade de São Paulo (1993), graduação em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2001), especialização em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (2006). Professor da disciplina de Imunologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul desde 1991.


Dr. Carlos Henrique Nery Costa
(PI) Infectologista – Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Carlos Henrique Nery Costa concluiu o doutorado em Saúde Pública Tropical - Harvard University em 1997. Atualmente é Presidente da Sociedade Brasileira de Medicinas Tropicais, professor da Universidade Federal do Piauí, médico do Governo do Estado do Piauí e Coordenador Executivo da Rede Nordeste de Biotecnologia. Publicou 30 artigos em periódicos especializados, 171 trabalhos em anais de eventos e publicou 1 livro, tendo escrito 8 capítulos. Possui 1 produto tecnológico. Participou de 17 eventos no Brasil.


Fabiana Farinello Grecco
Médica Veterinária graduada pela Universidade de Espírito Santo do Pinhal. Pós graduação em gestão empresarial pela UNICAMP, Mestre em parasitologia (Leishmaniose) pela UNICAMP, Coordenadora Técnica da linha de Biológicos da Unidade de Animais de Companhia da Pfizer Saúde Animal.


Dr. Fábio Nogueira
Possui graduação em Medicina Veterinária pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (1993), Mestrado em Clínica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Botucatu (2003) e Doutorado em Clínica Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Botucatu (2007). Atualmente é sócio proprietário - Clínica Veterinária Mundo Animal e professor da Fundação Educacional de Andradina (FEA) no curso de Medicina Veterinária - na disciplina de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando principalmente no seguinte tema: atendimento clínico e imunoprofilaxia de animais com leishmaniose visceral em áreas endêmicas.


Ione Torquato de Oliveira Naves
Professora de Inglês - Acupunturista - Ativista pelos Direitos dos Animais há mais de 15 anos - Membro da Comissão Interinstitucional de Saúde Humana na sua Relação com os Animais, aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde em maio de 2006- Membro da ONG "Animais Urbanos do Brasil" - Coordenadora do Programa de Adoção de Animais "Adote um Amigo", em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte.


Dr. Javier Encinas Aragon
Chefe de Sanidade Ambiental e Zoonoses, da Comunidade de Madrid (Espanha) e foi o consultor europeu da Organização Mundial de Saúde durante o Encontro de Experts em Leishmaniose Visceral nas Américas promovido pela Organização Panamericana de Saúde e Ministério da Saúde do Brasil, ocorrido em Brasília, Brasil, em 2005.


Dr. José Octavio Estévez
Medico Veterinario - Clinico de pequenos animais na Argentina. Especialista em tratamento da Leishmaniose Visceral Canina


Dr. Luiz Eduardo Ristow
Médico Veterinário graduado pela Universidade Federal de Viçosa. Mestre em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou como pesquisador da EPAMIG, atualmente Diretor Técnico do TECSA Laboratórios e professor de pós graduação em Sanidade animal Membro do COESUI – e do COESA.


Marimar
Arquiteta e Urbanista, funcionária da Secretaria Municipal de Saúde, membro da Comissão Interinstitucional entre saúde humana e saúde animal, membro da ONG ANIMAIS URBANOS- Diretoria de Filosofia e Ética, membro do ABRIGO CAOPAIXAO, conselheira do CREA e membro da diretoria do SINARQ-Sindicato de Arquitetos e Urbanistas.


Dr. Nordman Wall Barbosa de Carvalho Filho
Coordenador do Centro de Zoonoses da cidade de São Luis no Maranhão. Ex-presidente de do CRMV-MA


Dr. Paulo Tabanez
Médico Veterinário graduado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pós- graduado em clínica e cirurgia de pequenos animais pelo Centro Regional Universitário de Espirito Santo do Pinhal/ SP. Mestre em imunologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasilia(UnB). Diretor do Hospital veterinário Prontovet (DF) e Coordenador dos departamentos de Oncologia e Infectologia.


Dr. Sérgio Cruz
Advogado, faz parte da Comissão do Meio Ambiente da OAB/MG e Assessor Jurídico da ANCLIVEPA-Brasil. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Possui pós Graduação em Gestão Ambiental, Pós Graduação em Direito Ambiental e em Direito Público. Ex Auditor da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM. Ex Procurador da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento sustentável do Estado de Minas Gerais – SEMAD. Membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MG, Consultor jurídico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e Consultor jurídico da Fort Dodge para lançamento da Leishmune.


Dr. Vítor Márcio Ribeiro
Graduado em Medicina Veterinária pela Escola de Veterinária da UFMG em 1980. Mestre em Medicina Veterinária Preventiva pela Escola de Veterinária da UFMG em 1988. Doutor em Parasitologia Veterinária pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Professor de doenças infecciosas do Instituto de Medicina da PUC - Betim - MG.


Sócios da Anclivepa Minas e Anclivepas de outros Estados
Até dia 28 de outubro R$ 50,00
No local R$ 70,00

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Até dia 28 de outubro R$ 130,00
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Associe-se até o final de 2011 com o valor da anuidade reduzida:
Estudantes: R$80,00
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INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES

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Malária, dengue e leishmaniose terão vacinas em até dez anos

Esquecidas pela indústria farmacêutica, mas capazes de fazer milhões de vitimas mundo afora, doenças como malária, dengue e leishmaniose podem ganhar vacinas em até dez anos. Este é o objetivo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas, que encerra hoje um seminário de três dias no Rio.

Três anos atrás, o órgão, que reúne pesquisadores da Fiocruz, UFRJ, USP e UFMG, assumiu como objetivo o estudo de mecanismos de defesa contra as chamadas doenças negligenciadas. Os trabalhos desenvolvidos desde então seguem avançados — alguns já fazem testes em primatas, última etapa antes de levar os experimentos para testes em humanos. Mas, para prosseguir os estudos pelos próximos dois anos, será necessário um financiamento de R$ 12,5 milhões do governo federal.

- Só agora, com o desenvolvimento dos países em que essas doenças são comuns, o interesse de algumas companhias farmacêuticas aumentou - explica Ricardo Gazzinelli, pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou. - Foi constatado, enfim, que existe um mercado.

A leishmaniose é a doença com resultados mais avançados. Desde 2008 está disponível uma vacina para cães - contaminados pelo mosquito-palha, o mesmo que, logo depois, infecta também o homem.

- O cão é o reservatório dos parasitas - explica Ana Paula Fernandes, bióloga da Faculdade de Farmácia da UFMG. - Conduzimos uma série de estudos para comparar os antígenos, as substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos, e um deles se destacou na produção de uma resposta imune.

Para uso em humanos, a vacina teria de passar por adaptações. E a mudança é urgente. Até a década de 90, quase todos os casos ocorriam no Nordeste. Hoje, aquela região responde por apenas metade das ocorrências. A doença avançou para estados onde nunca havia sido registrada antes, como Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo.

- Está praticamente fora de controle - diz Ana Paula. - Essa expansão deve-se à migração das famílias, que levam cães infectados, e à urbanização e ao desmatamento, que fazem o mosquito-palha multiplicar-se com ainda mais facilidade.

A doença causa febre prolongada e provoca anemia, tosse, diarreia e perda de peso. Cerca de 20 mil pessoas são infectadas anualmente pela leishmaniose no Brasil. Um número muito inferior ao da dengue - que, na epidemia de 2008, deixou mais de 1 milhão de vítimas. O desafio é produzir uma vacina que proteja dos quatro sorotipos virais, todos já em circulação no país.

Um dos rumos estudados é a imunização combinada de vacinas de DNA e um vírus quimérico - formado por pedaços de mais de um vírus. No caso, daqueles responsáveis pela febre amarela e pela dengue.

- No Brasil, já temos tradição na produção de febre amarela - lembra Myrna Bonaldo, bióloga e pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz. - Estamos observando, nos primatas, como cada sorotipo se prolifera e se um deles é dominante.

Na malária, a diversidade de “raças” também é um desafio para os pesquisadores. Ou seja, uma vacina contra o Plasmodium vivax, que infecta até 400 milhões de pessoas anualmente no mundo, teria de abranger todas as cepas de parasitas descritas. Quatro proteínas estão sendo desenvolvidas e foram apontadas como possíveis candidatas a esta vacina universal. A doença, letal em muitos casos, provoca febre alta, dores de cabeça e hemorragias.

Leishmaniose leva ao sacrifício de 2.187 cães em Moc

Isso está se tornando um canicídio e a doença não diminuiu....

A justificativa é de que os animais estariam com a doença, também conhecida como calazar

Girleno Alencar - Do Hoje em Dia - 31/08/2011 - 08:16

FABIO MARÇAL

leishmaniose

Campanha de prevenção ao calazar, na semana passada, incluiu vacinação contra a raiva

MONTES CLAROS – O combate à leishmaniose visceral levou o Centro de Controle de Zoonoses a fazer eutanásia em 2.187 cães somente no primeiro semestre deste ano, em Montes Claros. A justificativa é de que os animais estariam com a doença, também conhecida como calazar. O Instituto Vida Animal, porém, acusa o centro de ter realizado o sacrifício “sem critério”, pois afirma que parte dos cachorros poderia ter continuado viva.
Montes Claros tem 66 mil cães e 14 mil gatos, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. A média é de um animal para cada 4,5 moradores.
“Não somos contra a eutanásia de animais doentes. Mas queremos que impeçam o sofrimento do animal, aplicando primeiro a anestesia e depois a dose que provoca a morte”, diz o presidente do Instituto Vida Animal, Paulo Roberto Oliveira. Ele acredita que a falta de recursos financeiros para manter os animais no centro tenha levado, em alguns casos, à aplicação da injeção letal. “Estamos averiguando o caso”. 
Paulo é a favor da implementação de políticas públicas, como a castração e o incentivo à adoção, para impedir o aumento da população de animais de rua. Ele diz que muitas famílias que criam cães se recusam a fazer o tratamento dos mascotes quando eles adoecem. Por isso, entregam o bicho de estimação ao Centro de Controle de Zoonose, para a eutanásia. 
Maioria dos animais é entregue pelos donos
O coordenador do centro, Jediael Quadros, explica que desde o começo de 2011 a carrocinha capturou 580 animais. Destes, 432 teriam apresentado resultado positivo para o calazar. Outros 1.607 animais foram entregues pelos próprios moradores ao órgão. 
Jediael confirma que todos os cachorros doentes são submetidos à eutanásia. Segundo ele, os bichos recebem uma dose de tranquilizante, uma de anestesia e, por fim, a injeção letal. O procedimento seguiria regras do Ministério da Saúde. O sacrifício pode ser acompanhado por qualquer pessoa.
A leishmaniose é transmitida por meio do mosquito flebótomo, também conhecido como mosquito-palha. O inseto pica cães contaminados e repassa a infecção ao homem. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, pode levar à morte em 90% dos casos. O Centro de Controle de Zoonose encerrou, no sábado, a campanha de prevenção ao calazar. Durante a ação, animais foram vacinados contra a raiva.

http://www.hojeemdia.com.br/minas/leishmaniose-leva-ao-sacrificio-de-2-187-c-es-em-moc-1.334186

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estado do Ceará já tem 22 mortes por calazar neste ano

O problema se tornou uma endemia em Fortaleza e preocupa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

O Ceará já tem, apenas no primeiro semestre de 2011, 22 mortes confirmadas por leishmaniose visceral, o equivalente a 88% dos óbitos de todo o ano de 2010, que foram 25. Do total deste ano, dez aconteceram em Fortaleza. O número de casos de 2011 no Estado é 244, desses 102 na Capital. Em 2010, 581 pessoas foram infectadas com a doença, das quais 262 em Fortaleza. Dados do Ministério da Saúde apontam que, no período de 2007 a 2010, foram notificados 1.958 casos.

EUTANÁSIA EM ANIMAIS
Política de combate é questionada

Uma prática que vem sendo adotada pelo Município de Fortaleza para reduzir o número de casos da leishmaniose, que é a eutanásia dos cães, não tem surtido efeito. O número de casos não reduz. Até porque existe uma liminar, de 2009, que determina que o procedimento só pode ser realizado em animais comprovadamente terminais, com laudo veterinário que confirme a doença. Contudo, especialistas defendem que os cães podem, sim, ser tratados e curados, apesar de o Ministério da Agricultura e da Saúde se posicionarem contra.

Para a presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), Geuza Leitão, o tratamento com medicamento existe e é eficaz, mas falta interesse político para investir. "Ainda há a vacina que tem 92% de comprovação, mas que ainda não foi liberada pelo Ministério da Saúde", afirma.

O problema é que, segundo o coordenador da leishmaniose do Centro de Zoonose de Fortaleza, Sérgio Franco, os animais continuam sendo reservatórios, mesmo após o tratamento.

"Aqueles cães que podem, devem fazer o tratamento porque a eutanásia não é uma política eficaz no combate à doença", enfatiza Geuza. Até porque não houve redução dos números, ao contrário, eles só aumentaram. No que diz respeito aos animais sem dono, a presidente da Uipa recomenda que eles sejam eliminados, mas sem sofrimento.

De alguns anos para cá, o Centro de Zoonose tem diminuído a eutanásia por causa da liminar. Em 2011, 6.276 animais foram mortos, dos quais 60% estavam infectados por calazar. Já no ano passado, esse número era de 4.319. Em 2009, foram 5.905 animais. De acordo com Sérgio Franco, o cão é o principal autor da doença. "Quando se faz o tratamento contra a doença, estamos permitindo que o animal seja cobaia porque não é algo comprovado. O cachorro pode ficar bom, mas também pode ser que não fique. O tratamento é perigoso porque os cães continuam com o protozoário, mas que poderia ser feito em nível de universidade".

Ele destaca, ainda, que o problema é que o processo de cura é proibido porque envolve medicamentos voltados para os humanos e, portanto, podem causar resistência ao parasita. Além disso, existe o contrabando e o desvio de remédios dos hospitais, no caso das pessoas que não têm condições de importá-los. "São utilizados produtos que não têm autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".

O Brasil é o único país que opta pela eutanásia. De acordo com estudos realizados na Europa, o tratamento contra a leishmaniose não põe em risco a saúde pública, que é uma das alegações do Ministério da Saúde brasileiro para proibir o processo de cura. Pelo contrário, as pesquisas identificaram que quando se mata cães, mais aparece o calazar porque o mosquito transmissor (flebotomídeo) passa a picar o homem porque não tem mais seu vetor preferido. Existem dois tipos de cura: a parasitológica e a clínica. Esta última é que é possível nos humanos e animais.

Solução

Apesar de ser uma medida dispendiosa, a distribuição de coleiras pelos governos seria a solução mais eficaz, conforme especialistas no assunto, o que já foi comprovado em várias cidades de São Paulo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a eutanásia em terceiro lugar nas soluções para combater a leishmaniose. Como prioridade, está o saneamento básico, ambiental e o controle da higiene. Em segundo plano vem o combate ao mosquito transmissor.

Eutanásia

6,2 Mil animais foram mortos, este ano, pelo Centro de Zoonose de Fortaleza como forma de combater o calazar que tem números elevados na Capital

LINA MOSCOSO
REPÓRTER

Infectologista: 89% dos diagnósticos de calazar em Teresina são falsos

Médico recomenda que donos de cães façam exame de contra prova porque diagnósticos não são confiáveis.


O médico infectologista Carlos Henrique Nery Costa, diretor do Hospital de Doenças Tropiciais Natan Portela, contesta os resultados dos exames para diagnóstico de calazar que estão sendo feitos no Centro de Zoonozes de Teresina. O médico estima que 89% dos resultados positivos estejam errados.


Na verdade, segundo o infectologista, o resultado positivo é um falso positivo. "O mais grave é que se está jogando a ciência no lixo. Eu recomendo que os donos de cães façam um exame de contra prova em laboratório particular ou no Hospital Veterinário da UFPI", afirmou.


A coordenadora do Centro de Zoonozes, Rosângela Cavalcante, afirmou na tarde de ontem (23) à equipe da TV Cidade Verde que nenhum funcionário da instituição iria comentar o assunto.


Porém, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (órgão a quem o Centro de Zoonozes é vinculado), Pedro Leopoldino, afirmou na manhã de hoje (24) que o médico Carlos Henrique Nery Costa sabe que o falso positivo é perfeitamente possível e esperado que aconteça.


Segundo Pedro Leopoldino, "o exame indireto significa dizer que a pessoa ou animal já teve contato com a contaminação, o que provocou a produção de anticorpos mas não desenvolveu a doença". Ele afirma que isso é possível tanto em animais como em seres humanos.


Simplício Júnior (da TV Cidade Verde)
Leilane Nunes (da Redação)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ENTREVISTA COM O MÉDICO VETERINÁRIO DR. ANDRÉ LUIS S. DA FONSECA

ENTREVISTA COM O MÉDICO VETERINÁRIO DR. ANDRÉ LUIS S. DA FONSECA

MITOS E VERDADES SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA


1) Dr. André, o senhor é bem conhecido pelo seu envolvimento com as questões da leishmaniose. Como tudo começou?
Começou quando estava fazendo um projeto de castração envolvendo universidades e o CCZ em Campo Grande, e eu vi um homem entrar no CCZ com um cachorro boxer lindo, maravilhoso chorando aos prantos e pedindo para não matar o cachorro dele por que o cachorro dele estava bonito e não podia causar doença e a veterinária na porta falou que devia entregar o animal dele, que se não entregasse o vizinho dele podia morrer e ele ia ser preso por causa disso, então como tinha tanta ignorância em volta disso eu comecei a questionar o pessoal dos CCZs, eles falavam uma coisa, mas o que eu via na realidade era outra, aí resolvi então separar e decidir o lado que queria fazer, que queria acompanhar que era poder fazer a defesa da verdade do justo e depois disso comecei a mexer com a ajuda a estas pessoas que tinham esse tipo de situação e você acaba se envolvendo e se tornando um amante dos cães.

2) Quais as causas da expansão da Leishmaniose no Brasil?
A causa principal da expansão da Leishmaniose no Brasil é a falta de técnica em controle do vetor. O país infelizmente é muito grande, por uma questão assim, não dá para entender, a qualidade dos profissionais envolvidos, tanto ética, como tecnicamente envolvido no controle da leishmaniose é muito duvidosa, temos muitos profissionais em doutorado e mestrado, mas sem uma capacidade crítica importante, infelizmente isso até mostra uma falha no sistema de gerenciamento de cursos de pós-graduação.

3) A Portaria Interministerial 1429/2008, proíbe o tratamento do cão infectado e condena o cão à morte. O que o senhor pensa sobre isso?
Na verdade a Portaria não proíbe o tratamento do animal, ela proíbe o uso de medicamento de uso humano específico para tratamento da leishmaniose. Isso acontece justamente por uma questão de falta de visão técnica clara dos responsáveis por isso, por que na verdade não existe remédio veterinário, remédio humano, o remédio existe para tratar uma doença, ele age, por exemplo, sobre o DNA do parasita e não sobre o DNA do ser humano, então não tem lógica querer proibir. A Portaria simplesmente veta em termos o uso dos medicamentos tradicionais para uso no controle de leishmaniose, que na verdade é um grande engano.

4) Há risco para o ser humano conviver com o cão infectado?
Não há risco nenhum para ser humano conviver com o animal infectado. A Leishmaniose como acontece no caso da dengue, é uma doença vetorial e a presença do animal doente em casa simplesmente indica que há presença do vetor naquele ambiente. Então, o controle de uma doença vetorial se faz o controle de vetor, é o que acontece exemplificativamente no caso da dengue, então risco não há.

5) Existem as verdades e mitos da Leishmaniose Visceral Canina, inclusive é tema de uma de suas palestras, entre eles o tratamento. Se existe tratamento, por que tanta polêmica quanto ao uso de medicamentos?

Na verdade, o que acontece, é que no Brasil especificamente, existe uma política, quer se implantar uma política de controle da leishmaniose através de eutanásia canina. Essa política foi implantada há mais de 15 anos, os resultados não apareceram, acho até que por uma questão de moral desses técnicos envolvidos, voltar atrás agora seria reconhecer incompetência, então por uma questão até de falta de brilho ético, por uma questão até de vaidade e de orgulho eles não querem voltar atrás nessa decisão e eles sabem que isso é ineficaz.

6) É possível o ser humano transmitir a doença?
Tanto o animal como o ser humano podem transmitir a doença. Existem duas formas de leishmaniose, a chamada zoonótica e antroponótica. A zoonótica é quando a transmissão é feita entre o ser humano e animais e animal com ser humano, quer dizer, uma via de mão dupla.
Existe a antroponótica que é aquela em que o hospedeiro, principal transmissor é o ser humano, é o que acontece, por exemplo, na Índia.
No mundo nós temos 400 mil casos de leishmaniose aproximadamente por ano.
No Brasil, nós temos 4.000, ou seja, 1 % desse total.
A Índia tem sozinha aproximadamente 260mil casos de leishmaniose visceral por ano. Na Índia a leishmaniose não é zoonótica, ou seja, não há participação do cachorro, simplesmente do ser humano, ela é antroponótica.

7) O ser humano pode transmitir a doença?
Pode sim. Tanto o ser humano como o animal, quanto mais infectado maior a possibilidade de transmitir a doença. Por isso o tratamento tem essa eficácia de controle, ele reduz a carga parasitária, diminui o número de parasitas no animal, mas não pode ser usado como única terapia, tem que ser usado também o uso de repelentes constantes no animal e a dedetização e controle ambiental dos mosquitos no local onde tem o animal doente ou a pessoa doente.

8) O cão tratado é um transmissor ou portador?
São conceitos diferentes. O transmissor é aquele que é capaz de transmitir a doença, quanto mais sintoma tem animal, maior o risco dele transmitir. Posso ter um animal que é um transmissor e ter um animal que pode simplesmente ser um portador e não um transmissor.
Acontece que, quanto menos sintomas há menor o índice o índice de transmissão desse animal. Voltamos à história, o tratamento se justifica por que diminui a carga parasitária, diminui o risco de transmissão e se você alia às técnicas sabidamente conhecidas e eficazes como o uso de coleira e repelentes, o índice de picadas diminui até 95%. Então voltamos de novo à mesma história, tratar o animal, usar repelente no animal e desinsetização do ambiente.


9) O senhor além de médico veterinário é também advogado.

O que acha que os tutores dos animais infectados devem fazer para resguardar a vida do animal e tratá-lo?

Os tutores deveriam TRATÁ-LOS. A princípio está tendo uma super interpretação da lei. A lei não proíbe tratamento. Primeiro que há um decreto de 1963 que naquela época foi feito por que no Brasil não tinha medicamento específico para tratamento da leishmaniose, não se fazia tratamento de cães, depois apareceram então os medicamentos que são usados na Europa há mais de 50 anos.
Outra questão, a lei de 1963, a interpretação que se deve dar a ela, é que foi feita para casos de leishmaniose rural, em ambientes rurais, não se aplica o mesmo método de controle em ambientes urbanos, tanto não se aplica que o que se tem feito é usado os mesmos métodos sem resultado nenhum, isso causa prejuízo para o proprietário, não elimina o problema e a saúde pública fica desmoralizada com tudo isso.



10) O que o senhor recomenda como prevenção?
Primeira coisa, todo cuidado em comprar animais e adquirir animais. Quando adquirir um animal, quando resgatar um animal de rua, fazer os exames principalmente nas áreas endêmicas.
Fazer uso constante de repelentes ou da coleira, preferencialmente eu prefiro os repelentes líquidos à coleira, por causa de efetividades de aplicação. Fazer desinsetização do ambiente.
O que deveria ser feito e não é feito, é o controle entomológico, o CCZ fazer levantamento das áreas onde tem a presença do mosquito periódico e fazer o combate ao mosquito, que é como se combate qualquer doença vetorial.

11) Retornando ao tema tratamento para que fique bem esclarecido ao leitor. Na Europa e em outros países os cães são tratados. Por que é proibido no Brasil?
Tratamento não é proibido no Brasil, o problema é que quer se dar interpretação da proibição. Primeiro proibição de tratamento tem que ser mediante lei. O que existe é uma portaria restringindo o uso de medicamentos. No caso, por exemplo, da tuberculose, existe uma lei de 1942, que proíbe o tratamento de animais com tuberculose, mas em 1942 não existia ainda comercialmente a penicilina, então não tinha mesmo como tratar.
Precisamos fazer uma interpretação mais moderna dessas leis antigas. Essas leis não foram recepcionadas pela constituição, então não existe proibição ainda.

12) Dr. André, chegamos ao fim desta entrevista e qual a sua mensagem sobre leishmaniose?
Esse problema sério da questão da leishmaniose, ela não tem só haver com incompetência técnina do pessoal do Ministério da Saúde, que está sendo absolutamente incompetente em tratar isso. Falta também aquele espírito cidadão que o brasileiro não tem de colaboração, falta o envolvimento maior das entidades responsáveis como acontece com os conselhos de medicina veterinária, sociedade de medicina veterinária que são omissos nessa parte, eles não tomam uma posição e colocam a medicina veterinária como uma profissão secundária no campo da saúde e falta na verdade também envolvimento inclusive do proprietário em lutar pelo próprio direito que é de ter o animal dele vivo, sadio e tratado, que é absolutamente possível.
O que não pode acontecer, é vivermos duas realidades tão diferentes, um país como o Brasil, teoricamente evoluído e eticamente atrasado onde se mata cachorro, e o resto do mundo todo onde se pode tratar o animal.

Vivian Curitiba
Jornalista

Entrevista com o médico veterinário André Luiz Soares da Fonseca. Advogado, membro da Comissão de Leishmanioses do CRMV/MS, membro da Comissão do Meio Ambiente da OAB/MS, professor de Imunologia da UFMS, membro fundador do BRASILEISH - Grupo de Estudos sobre Leishmaniose Animal e doutorando em Doenças Tropicais no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

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Prevenção contra a Leishmaniose

Lei de autoria do vereador Valcir Soares é cumprida

RUBENS SANTANA

A Lei Municipal nº4.219 do dia 22 de abril de 2010, que institui a Semana Municipal de Controle e Combate a Leishmaniose, de autoria do vereador Valcir Soares (PTB), aprovada por unanimidade pelos vereadores de Montes Claros e sancionada pelo Prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), foi colocada em prática pela Prefeitura de Montes Claros, através do CCZ – Centro de Controle de Zoonoses. A semana vai ser realizada do dia 22 a 27 de agosto com campanhas educativas em diversos pontos da cidade.


Segundo o vereador Valcir Soares, no Art. 1º da lei consta que, fica instituída a Semana Municipal de Controle à Leishmaniose, que será celebrada anualmente na semana que incluir o dia 10 de agosto, com os seguintes objetivos: Estimular ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil de prevenção e combate à leishmaniose e difundir os avanços técnicos relacionados à prevenção e ao combate à leishmaniose.

“Essa semana de prevenção à Leishmaniose é de suma importância para cidade por que especialistas de outros estados ficaram preocupados com o grande número de pessoas que foram contaminadas e, consequentemente com o grande número de cães que têm a doença. Criamos a lei com o objetivo de o município idealizar uma campanha para prevenir e conscientizar as pessoas do perigo da doença que ainda atormenta uma grande parte da população, principalmente aqui no Norte de Minas”, enfatiza Valcir.

Segundo Regiane Soares Braga, chefe do Setor de Educação em Saúde do CCZ, o evento é para chamar atenção da população para os perigos da doença, também conhecida como calazar, e mostrar as formas de prevenção. A doença afeta os cães e pode atingir os humanos. “Haverá uma extensa programação em torno da Semana, com envolvimento de toda a equipe do CCZ. O trabalho constará de blitze educativas e passeatas. Estandes serão montados em pontos estratégicos da cidade, contendo orientações à população sobre o assunto”, informou.

Programação:


FÁBIO MARÇAL
Dia 22/08, segunda-feira:
Abertura na Praça Doutor Carlos Versiane, às 8 horas.
Blitz educativa na Avenida Deputado Esteves Rodrigues, em frente ao All Time, das 08:30 às 10 horas, com a equipe de servidores do CCZ e soldados do Exército.

23/08, terça-feira:
Blitz educativa no semáforo do Bairro Roxo Verde, das 07:30 às 10 horas.
Estande no Montes Claros Shopping Center funcionará das 14 às 22 horas.

24/08, quarta-feira:
Blitz educativa no semáforo da Ponte Preta, das 10 às 13 horas.
Estande no Restaurante Popular, das 9 às 14 horas.

25/08, quinta-feira:
Blitz educativa na Avenida Francisco Gaetane, Bairro Major Prates, das 07:30 às 10 horas.

26/08, sexta- feira:
Blitz educativa na Rua Dr. Santos, das 07:30 às 10 horas.
Estande no Shopping Popular, das 14 às 16 horas.

27/08, sábado:
Encerrando a semana de prevenção, passeata às 8 horas, no entorno da Praça Doutor Carlos Versiane, com estande funcionando até às 12 horas.
 
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